Foto: Foto: Manu Dias/GOVBA/
Conhecido como berço de memórias culturais da Bahia, o Parque da Lagoa do Abaeté será requalificado, com investimento de R$ 5 milhões para reformas no Centro de Atividades e na Casa da Música. O anúncio foi feito pelo Governo do Estado durante lançamento de edital na manhã desta sexta-feira (22) no parque, em Itapuã, na capital baiana. Como parte das atividades pelo Dia Mundial da Água, data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), o governador Jerônimo Rodrigues também anunciou o edital Bahia Sem Fome relacionado à água, para produção de alimentos e dessedentação de animais.
“Essa lagoa é uma área muito importante, um parque fundamental para o pulmão de Salvador, além do aspecto histórico que nós temos aqui, um lugar que já foi cantado em músicas, em poesia, em arte e em fotografia. Essa área é também um ambiente de geração de renda, muita gente de fora do país e do estado vem visitar o parque. Por isso, nos preocupamos com a manutenção desse local e, agora, com essa recuperação dos equipamentos e ampliação, nós temos a certeza que aqui será um ambiente mais fortalecido”, pontuou o governador.
O espaço, que possui 1.474,92m², será totalmente reformado, com intervenções nas áreas das lojas, restaurantes, bares, lanchonetes, banheiros, com adaptação para pessoas com deficiência; e vestiários. Também está prevista a requalificação da área do estacionamento, recuperação das estruturas de cobertura, fechamento de parte da área do parque e iluminação. Para a obra serão investidos aproximadamente R$ 5,4 milhões, provenientes do Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente (Ferfa), que serão repassados à Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), que vai executar a obra.
manifestações locais, como uma forma de preservação das suas identidades e de toda a liberdade de suas expressões”, afirmou o secretário.
Também acontecem no espaço cultural formações de canto e de instrumentos musicais. As Ganhadeiras de Itapuã, que historicamente ocuparam as áreas da Lagoa do Abaeté, contando as histórias das lavadeiras através da música, receberam na data, um Centro de Atividades dedicado aos trabalhos realizados por elas. A Sema, Conder e Secult darão seguimento aos trabalhos para a construção do equipamento de cultura.
Em diálogo com as pesquisas de tecnologias sociais de acesso à água, também foi autorizada a publicação do edital Ciência na Mesa 3, que vai selecionar projetos inovadores de captação e armazenamento de água para consumo humano, produção de alimentos e cuidado com os animais em espaços rurais e periurbanos serão selecionados. Serão cinco linhas temáticas: aprimoramento de cisternas de tratamento de água para consumo humano; otimização de sistemas de captação e armazenamento de água para a agricultura familiar; tecnologias de irrigação sustentável e eficiente; promoção do uso de materiais e técnicas sustentáveis para implementação e melhorias das tecnologias sociais; e inclusão digital para agricultores familiares.
A pesquisas serão financiadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fabesp), em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti), a Secretaria De Infraestrutura Hídrica E Saneamento (Sihs), a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) e a SDR.
Água e erradicação da fome
Para o edital do Bahia Sem Fome do Dia Mundial da Água está prevista a implantação de 1.125 Cisternas Calçadão de 52 mil litros e 1.722 barreiros trincheiras familiar em 45 municípios do Estado, no âmbito do Programa Água para Todos. Serão destinados cerca de R$ 50 milhões, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), e o Bahia Sem Fome, para os serviços nas comunidades rurais.
Para o coordenador do Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, o lançamento do edital marca a preocupação do Governo com a garantia da água no combate a fome. “Água é um eixo prioritário do Programa Bahia Sem Fome. Portanto, essa é uma das nossas principais entregas, porque a gente compreende que esse recurso é de fundamental importância para a manutenção da vida, para a produção de alimentos saudáveis e para que a gente possa, de fato, continuar construindo a dignidade do Estado da Bahia”, destacou.
Repórter: Milena Fahel/GOVBA